sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Einstein ou Maquiavel?

  
  
     Ao longo do tempo, surgiram sobre a face da Terra certas pessoas, diferentes de todas as demais, alguns as chamam de gênios, outros as chamam de heróis, outras chamam-nas simplesmente de loucos. Para mim, as melhores pessoas que já nasceram neste mundo possuem as três características mencionadas: são loucos, gênios e heróis, tudo isso ao mesmo tempo... E, dentre os loucos/gênios/heróis que o mundo viu ao longo de sua história, citarei dois dos mais famosos: Albert Einstein e Nicolau Maquiavel.
     Maquiavel escreveu diversos livros, dentre os quais o mais famoso é a sua obra prima "O príncipe", na qual ele ensina como ser um bom principe (governante), baseado no uso da virtù, que deve ser capaz de conquistar a fortù. Assim, um bom governante seria aquele que tivesse virtude, e, através desta, fosse capaz de "seduzir" a fortuna (para Maquiavel, a fortuna seria como a mulher, por isso, desejava ser seduzida por um homem de virtude). Entretanto, ao mesmo tempo que ensina como ser um bom governante, Nicolau acaba por dar grandes ensinamentos a todos nós. Assim, em que pese, concordo com  Rousseau, quando este diz: "Maquiavel, fingindo dar lições aos principes, deu grandes lições ao povo".
     Já Einstein, dedicou-se mais ao campo das ciências exatas, e deixou uma gama de contribuições para toda a humanidade, entre as quais, destaco a teoria da relatividade, resumida pela frase dita pelo próprio Einstein: "All is relative (tudo é relativo)". De forma simples, ele diz que, para entender a teoria da relatividade, basta observar que, para alguém sentado num formigueiro, um minuto parecerá uma hora, ao passo que, uma hora sentado ao lado de alguém que você gosta, parecerá apenas um minuto... Isso é a relatividade...
     Bem, deixarei de rodeios e irei logo ao ponto em que quero realmente chegar: Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado ou temido. E o autor de "O príncipe" respondeu que ambos. Mas, se houvesse necessidade de escolha, era melhor ser temido do que amado... Devo concordar com ele no que diz respeito à característica do governante; entretanto, em se tratando do relacioanmento normal entre pessoas, considero que é melhor ser amado do que temido, visto que o amor é "o sentimento dos seres imperfeitos, e a sua função é justamente levar o ser humano à perfeição" (Joshua Cooke). E, além do mais, é através do amor que podemos ser salvos, pois, como já dizia Clarice Lispector, "amar os outros é a única salvação pessoal que conheço: ninguém estará perdido se às vezes der amor e receber amor em troca".
     Por fim, quero dizer que não é muito certo comparar duas pessoas dessa magnitude, em especial porque viveram em épocas diferentes e tiveram experiências diferentes, por isso, não os compararei, apenas tomarei partido de um deles. E, se é para escolher, prefiro Einstein à Maquiavel, e termino citando um conselho deixado por aquele que escolhi: "Se, em algum momento difícil de sua vida, tiveres que escolher entre o amor e o mundo, lembre-se: se escolheres o mundo, ficará sem o amor. Por isso, escolha sempre o amor, e com ele conquiste o mundo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário