quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sobre os Homens...



Uma vez li, não me recordo onde, o seguinte diálogo:

[...]

- Qual a criatura deste mundo que tu achas a mais estranha?

- Os Homens...

- Os Homens? O_o

- Sim, os Homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois, gastam o dinheiro, para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido.

[...]

De fato, se analisarmos todos os seres vivos (e talvez até os não-vivos) conhecidos, o ser humano é, indubitavelmente, o mais estranho de todos... Reparem: primeiro, analisando a "evolução" do ser humano, nota-se que ele evoluiu de um comunismo primitivo, em que todos tinham praticamente igualdade, para o capitalismo selvagem, em que o objetivo final e inicial se concentram em uma única palavra chave: lucro; não importando as consequências para conseguir atingir tal objetivo... Segundo, com o início da modernidade, surgiu outra característica bastante questionável no homem: o individualismo.

Não me entendam mal, ser individualista não é de todo ruim, é até legal às vezes... O problema é que, em excesso, o individualismo chega a ser deplorável ( na verdade, nada em excesso é bom. E, como bem se sabe, o homem quer sempre ter tudo em excesso...). Terceiro: o ser humano é o único animal que sabe que só pode sobreviver com o auxílio da natureza e, ainda assim, a cada dia que passa, parece buscar cada vez mais acabar definitivamente com o seu principal meio de sobrevivência...

Enfim, eu poderia passar o resto do dia enumerando os vários e talvez infindáveis defeitos da raça humana, mas seria apenas pura perda de tempo, tanto para mim, quanto para os leitores, visto que todos já conhecemos esses defeitos muito bem...

Aos leitores que, talvez, ao longo do texto tenham pensado: "Ai, ai, esse fica só falando de defeitos do ser humano, e nem cita suas qualidades, as características boas que o ser humano possui...", antecipo-me dizendo que o que realmente importa não é citar as boas qualidades do ser humano, visto que, tal como as más qualidades a respeito das pessoas, todos já tem conhecimento sobre o assunto. Portanto, o que realmente importa, não é falar coisas bonitas ou feias sobre o Homem, mas sim encontrar soluções para os problemas criados pelo próprio homem, para que, dessa forma, possamos criar um mundo melhor para todos. Um mundo bom, que assegure trabalho à juventude e segurança à velhice.

Com relação a isso, Charles Chaplin cita, no discurso final do filme "o grande ditador", o seguinte: [...]
Lutemos por um mundo novo, um mundo bom, que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice... É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós.

Ou seja, se queremos fazer uma grande mudança no mundo em que vivemos, não podemos esperar que uma única pessoa, como por exemplo, o presidente da República, ou algum dos seus assessores, façam-na por nós
. Nós mesmos, o povo, temos o poder. O poder de transformar a realidade em que vivemos, de criar uma nova realidade. O poder de transformar luz em trevas, o poder de criar felicidade. Para tal, basta que cada um faça sua parte, sem esperar que o outro a faça. Pois, se formos esperar outras pessoas fazerem o que nós precisamos fazer, jamais modificaremos a realidade em que vivemos. Se o caminho for difícil, não vos desesperem: "As noites mais negras não podem impedir a tênue, mas cálida, luz da felicidade; ao contrário, são essas pequenas chamas que irão iluminar o futuro!!!"

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